O pão nosso do pai nosso

No evangelho de Mateus Jesus nos deixou uma grande lição, primeiro que tudo é nosso o pai da devoção e o pão da provisão. Ele claramente ensinava sobre comunhão, gratidão e submissão.

O que não fica claro nesta narrativa bíblica é a relação histórica cultural por detrás do texto, uma inferência ao maná, aquele suprimento que diariamente caía do céu para o povo de Deus que caminhava no deserto em direção a terra prometida 1500 anos antes do Cristo ensinar esta contundente oração.

Na sua plenitude o Pai Nosso assim intitulada prece tem inúmeras lições para a vida. Quero destacar uma que em época de pandemia, crise e medo pode nos servir de alento.

O fato dele dizer “nos dai hoje” mostra um modelo de fé de viver cada dia, o que tem gerado tanto estresse na sociedade moderna é o excesso de preocupação com o amanhã e a dificuldade de se desfazer das lembranças do ontem. O índio que vive isolado do mundo moderno não tem as enfermidades psicossomática dos nossos dias, porque não explode o rio para pegar trezentos peixes.

O peso dos acúmulos de preocupação e a prisão do querer tem levado o homem desta geração a uma ansiedade descomunal. O Mestre revela na sua palavra o poder curador do agora, o pão nosso de cada dia nos dai: a semana? O mês? O ano? Não! Nos dai hoje, o maná palavra de origem hebraica significa “ o que é isso?” Só podia ser colhido a quantidade exata do dia, quem colhia a mais assistia apodrecer o restante. Por isso devemos viver intensamente cada dia com amor e gratidão sabendo que a provisão diária vem de Deus, ele mesmo disse: Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam;

Passado e futuro são pensamentos, um não existe mais, e outro não existe ainda! O que existe é o agora, que chama presente e é uma dádiva, por isso viva o hoje... Deus abençoe seus passos!