Sexta, 19 de Abril de 2024

Do PT ao PSDB: JP pré-candidato? Até onde vai o teatrinho?

20/07/2020 as 07:01 | Fernandópolis | Da Redaçao
Foi uma mudança fantástica! Depois de tentar se eleger a vereador e até mesmo deputado utilizando a sigla “PT” numa ideologia esquerdista, João Pedro da Caixa, somente conseguiu chegar à vereança no PTB, hoje de Henri Dias, mas manteve sua posição petista até meados de 2019, quando, em diversas ocasiões, votou e foi contra algumas decisões da administração de André Pessuto.

Visando as eleições municipais, resolveu apagar toda a ideologia “esquerdista” e aterrissar no ninho tucano depois de uma oportunidade dada pela deputada estadual Analice Fernandes que, da noite para o dia, tirou a presidência do PSDB das mãos de Flávia Resende, sobre a alegação de que o partido estava totalmente bagunçado em com pendências na Justiça Eleitoral. Fato este que não é verdade.

Como João Pedro da Caixa figurava como uma espécie de “guardinha “ da deputada e, diante da intervenção praticada por ela conquistada na Executiva Estadual, trocou o PTB – que também é de esquerda – pelo “centro/direita” posição atual do PSDB como governo do Estado de São Paulo.

Diante do novo Diretório Municipal do partido, presidido por Maiza Rios (seguindo as orientações de Analice Fernandes), João Pedro se fortalece como “único” pré-candidato do partido a prefeito em Fernandópolis, limitado somente ao apoio de alguns incluindo a nova executiva municipal, deixando de lado os velhos caciques que defendem outras candidaturas: Gilmar Gimenes, Artur Watson e Carlos Cabral.

O atual secretário Neuclair Félix do Nascimento, que foi rebaixado da presidência, não soube explicar se haverá algum tipo de democracia, dando a oportunidades a outros interessados que também pleiteiam candidatura ao cargo de prefeito, democraticamente passando por uma prévia até mesmo antes das convenções partidária.

Tudo indicada que a pré-candidatura de João Pedro seria uma imposição “e ponto final”. Para Neuclair, JP tem as melhores condições e chances. Segundo ele, os resultados de uma pesquisa interna, teria colocado o atual vereador em uma posição confortável, além dos apoios em redes sociais endereçados a ele. Mas convenhamos, não teve uma votação em 2016 de expressão, para que se coloque o único no meio de todos. Gimenes teve a maior votação para deputado estadual nas duas últimas eleições, mostrando mais força política dentro do partido e na cidade, do que o jalesense João Pedro.

Maiza Rio não soube explicar se haverá uma prévia para escolha do candidato entre os membros do partido. Se escondendo atrás do Diretório Estadual, disse que ainda vai tentar uma composição com os divergentes, composição essa que não deu certo e não vai dar.

Em entrevista recente, a deputada Analice, confirmou que seu candidato em Fernandópolis é André Pessuto. Como irá apoiar dois candidatos a uma eleição executiva? João Pedro poderia ser apenas indicado à vice de Pessuto. Arrumando uma confusão com os demais partidos e pessoas aliadas ao prefeito, seguindo os passos desde o início da campanha eleitoral em 2016.

Essa revolta retrata a postura de João Pedro da Caixa diante de diversas matérias votadas na Câmara Municipal. Desde o início dessa gestão, JP se mostrou oposição juntamente com o vereador Cidinho do Paraiso que, por inúmeras vezes, fizeram vídeos com duras críticas a administração de André Pessuto.

João Pedro não foi nada favorável a diversas decisões da situação, votando contra e criticando os processos de financiamentos de recursos para pavimentação asfáltica, recape, construção da nova Rodoviária e até do Novo Paço Municipal. Na época, chegou a ter até apoio de oposicionistas de plantão, como Cabo Santos.

O mais estranho disso, qual a pretensão do prefeito de Taboão da Serra, Fernando Fernandes, marido de Analice, na cidade de Fernandópolis. Se mostra firme na decisão de colocar JP, junto com o diretório estadual, como pré-candidato em Fernandópolis. A cidade nunca foi prioridade para deputada e nem seu marido (vide os últimos 4 anos de emendas), e o que destina é sempre em nome do atual prefeito.

Com sua ida ao PSDB, JP ficou mais ponderado, estilo “paz e amor” com André Pessuto, desenvolvendo um diálogo mais sereno, fazendo o jogo político de que seria uma alternativa do grupo. Um exemplo são as postagens em rede social elogiando o programa financiado do asfalto.

Essa posição colocou os aliados de Pessuto em estado de alerta, iniciando uma dúvida sobre a atuação de João Pedro. Para a maioria, ele (João Pedro) não seria bem-vindo ao grupo, principalmente se a intenção é ser vice do prefeito na reeleição.

Naturalmente o vice de André deve sair do PP, MDB ou até mesmo do DEM. Os aliados descartam essa composição com o PSDB. Está na “cara” que a candidatura de João Pedro não será efetivada. Como poderá a deputada Analice Fernandes servir a dois senhores, apoiando duas candidaturas? Para “cientistas políticos”, tudo não passa de um teatrinho!

A impressão é que querem acabar com o PSDB, tirando a oportunidade de uma nova candidatura, sendo ela de Gimenes, Cabral ou Artur. Uma imposição à candidatura de João Pedro, seria para rasgar o estatuto interno do partido.

A debandada no ninho tucano é eminente se caso Maiza Rio continue com a mesma filosofia de manter a atenção somente para um pré-candidato, no caso João Pedro, e não abrir as discussões para outras candidaturas, como os demais filiados esperam e exigem um bom censo da vereadora, já que ela também tem uma história democrática dentro do partido e não caiu de paraquedas.

João Pedro não está respeitando a história do PSDB, tem apenas 50 dias de partido, não é filho de Fernandópolis (natural de Jales) e se mostrando antidemocrático. Se escondendo de debates internos, e sendo apenas um fantoche da deputada e seu grupo? Um vereador de primeiro mandato, com nenhuma obra de grande valia. Apenas demagogia em rede social, que não soma em nada para o município.
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