Quinta, 25 de Abril de 2024

Criticar ou não, eis a questão

17/07/2014 as 15:40 | | Da Redaçao
O dicionário Aurélio nos ensina que a palavra “crítica” tem várias definições, porém, vamos divagar somente sobre aquela que abrange avaliar ou julgar, ou, como diz o populacho, “encontrar defeitos".

Já ouvi falar da existência da crítica construtiva, porém penso que ela não existe, ao menos por essas bandas. Infelizmente, algumas pessoas (e penso que são poucas mesmo, porém, muito estridentes) insistem em continuar proferindo palavras cheias de maldade e com o propósito único de destruir.

Geralmente, eu costumo correr dessas pessoas, mas muitas vezes o contato é inevitável e nessas ocasiões fico observando a capacidade destrutiva da palavra. Criticar por simples prazer, sem apresentar nenhum tipo de solução, só contribui para a discórdia, para a destruição.

O ser humano tem essa capacidade de falar mal de tudo e de todos, preferindo a crítica e na maioria das vezes se esquecendo do valor do elogio. Não deveria ser assim, mas é. Penso que, antes de criticar, seria interessante que as pessoas levassem em consideração algumas questões, principalmente saber qual o seu grau de interesse no assunto a ser criticado ou se tem alguma sugestão para a resolução do problema ou para melhorar aquilo que considera inadequado.

Afinal, se não tem nada de bom para apresentar, é melhor ficar calado, já que, por pior que seja um trabalho, ao menos a pessoa criticada teve iniciativa e coragem para fazer.

Enfim, sempre existe alguma coisa que possa ser elogiada. Se por acaso um projeto não for merecedor de elogio, parabenize a pessoa pela iniciativa, até porque essa pessoa certamente ficará mais disposta a aceitar suas sugestões se antes ouvir um elogio sincero. E já que sabemos o poder que as palavras têm, vamos combinar o seguinte: na próxima vez em que você ficar tentado a criticar algo ou alguém, faça primeiro um elogio e depois diga: "eu sugiro as seguintes mudanças", ao invés de "tenho algumas críticas a fazer".

Afinal, como diria o saudoso Giuseppe Tomatelli, “todos somos pedras e vidraças ao mesmo tempo”.



Henri Dias é advogado em Fernandópolis (henri@adv.oabsp.org.br)
MAIS LIDAS
É vedada a transcrição de qualquer material parcial ou integral sem autorização prévia da direção
Entre em contato com a gente: (17) 99715-7260 | sugestões de reportagem e departamento comercial: regiaonoroeste@hotmail.com